Criança morre de hantavirose após ser mordido por rato silvestre

Um garoto de 11 anos morreu de hantavirose em Urubici, Santa Catarina, após ser mordido por um rato silvestre.

Menino de 11 anos morreu por hantavirose, após mordida de rato. Foto: Pixabay
Menino de 11 anos morreu por hantavirose, após mordida de rato. Foto: Pixabay

Um garoto de 11 anos morreu de hantavirose em Urubici, Santa Catarina, após ser mordido por um rato silvestre. O óbito ocorreu no dia 7 de setembro, mas a confirmação da doença foi concluída apenas na última sexta-feira (16). A Vigilância Epidemiológica local monitora outros 18 casos suspeitos.

A Secretaria Municipal de Saúde da cidade alerta para um número crescente de ratos silvestres na Serra catarinense, afirmando que Urubici está em alerta. Os gêneros de roedor que carregam o hantavírus e cuja população aumentou são Akodon e Oligoryzomys; o evento pode estar ligado à floração da taquara cará (Chusquea mimosa australis), do final do verão, segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive).

Em Santa Catarina, só neste ano, já foram confirmados 6 casos da doença, dos quais 4 levaram os pacientes a óbito. As mortes ocorreram nas cidades de Agronômica e Lontras, que ficam no vale do Itajaí, e em Caçador, no oeste do estado. Causada pelo hantavírus, a hantavirose é uma síndrome cardiopulmonar que pode levar à morte em 72 horas. Santa Catarina vê casos da patologia desde 1999.

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Sintomas da hantavirose

Segundo informações da Dive, a infecção pelo hantavírus pode apresentar os seguintes sintomas:

  • Febre;
  • Náusea e vômitos;
  • Cefaleia (dor de cabeça);
  • Dor abdominal e no corpo;
  • Tosse seca;
  • Diarreia.
  • Caso a doença evolua, pode acabar causando falta de ar intensa, cansaço, sonolência e pressão baixa. Nesse estágio, a chance da hantavirose ser fatal é muito alta.

Sintomas como os aqui relatados podem demorar até 60 dias após o comportamento de risco para se apresentar, e é recomendado, pela Dive, que um médico seja procurado logo ao identificá-los.

Transmissão da hantavirose

O vírus em questão é eliminado pelos ratos silvestres nas fezes, urina fresca e saliva, e costuma infectar humanos pela inalação de aerossóis dessas substâncias misturados à poeira. A mordida dos roedores também pode transmitir a doença, como no caso do menino de Urubici. Mais comum no meio rural, o risco de contrair a doença é maior para agricultores, pescadores e trabalhadores do campo no geral.

Para evitar a transmissão, algumas medidas podem ser tomadas:

  • Evitar contato com ratos silvestres e seus excrementos;
  • Lavar pratos e utensílios de cozinha logo após o uso;
  • Colocar a comida em sacos ou caixas fechadas a 40 cm do chão, evitar deixar restos caídos;
  • Coletar e descartar o lixo corretamente;
  • Plantar milho e grãos diversos longe de casa;
  • Limpar bem as áreas ao redor da residência, de galpões, paióis e alojamentos, retirando entulhos;
  • Manter locais onde animais vivem limpos e sem restos de comida;
  • Não descansar em locais fechados, especialmente com grãos ou restos de comida;
  • Antes de limpar um local fechado, ventile-o por ao menos 1 hora antes;
  • Depois da ventilação, umedecer o local com água sanitária a 10% (1 parte de água sanitária para 9 de água) e aguardar 1 hora antes de limpar.

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina emitiu uma nota de alerta a todos os serviços de saúde locais sobre a situação, já que a grande área de Mata Atlântica contém muitos espécimes de taquara cará, habitat dos roedores silvestres vetores da doença. O risco segundo a Dive, é de que o aumento populacional do animal possa acabar se estendendo para outras regiões do estado.

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